Thursday, October 19, 2006

Eu sempre senti que eu n cabia nos lugares em que eu estava. Sempre achei que as cidades eram muito pequenas, muito limitadas, e olha que eu jah morei em Brasilia durante 7 anos!! Inclusive quando eu voltei de Bauru eu me senti tão mal em João Pessoa, me senti como se eu não pertencesse mais a essa cidade, como se eu não conhecesse mais as pessoas, como se a cidade já tivesse me dado tudo que podia, e na verdade eu acho que ela já deu. Ninguém sabe, mas nos primeiros 3 meses depois que eu cheguei eu entrei em depressão, foi uma fase muito dificil, e quando eu tava conseguindo sair me veio outro obstáculo, esse muito mais forte do que qualquer outro que eu jah tenha enfrentado. Pra mim, o remédio para esssa depressão era sair de João Pessoa, inventava altas viajens, inclusive o primeiro salário q eu ganhei eu torrei todo em duas delas!! E ia, viajava, curtia os lugares, mas quando entrava no ônibus voltava tudo de novo. Daí eu percebi que o problema não era o tamanho das cidades. O problema é que eu não cabia dentro de mim. Eu não posso ficar parada porque eu tenho muito e ficar parada me machuca. Então eu comecei a procurar coisa pra fazer. Pesquisei na internete sobre trabalhos voluntários, em qualquer lugar de João Pessoa. Coisas simples como ler para as pessoas, trabalhos voluntários em hospitais, ensinar como Amigo da Escola nas escolas públicas, mas vocês acreditam que aqui em João Pessoa nenhum lugar quer mais voluntários? Já têm demais! hehehehe, parece ateh ridiculo ouvir isso, mas é verdade. Eu até fui a uma escola municipal no Tambiá, Maria Geni, me inscrever como professora de ingles ou de recreação sem remuneração, eles pegara meu telefone, meu endereço e disseram que iam entrar em contato, e até agora nada. Quer dizer, em João Pessoa o desemprego é até para aqueles que são voluntários! uahuahuahuahauhauha
Desisti né? Comecei a trabalhar num programa do governo federal com apoio da prefeitura. E foi uma época muito divertida. Mas era temporário, acabou!!
Mas continuo na minha busca insessante de sair daqui, ir pra qualquer lugar. Consegui uma viajem que eu sonho com ela a anos, vou em janeiro. Já estou planejando a do fim do ano que vem. Que tem tudo pra ser maravilhosa, porque vou com pessoas maravilhosas e vou para um lugar maravilhoso. Mas a viajem que eu mais planejo desde que eu tinha 13 anos é àquela viajem sem volta. Àquela viajem que eu vou e fico, só venho pra rever familia e amigos, e volot de vez só lá pelos meus 55 anos, pra curtir João Pessoa na idade certa. Por que por mais que eu e minha alma tamanho G sejamos o motivo de tanta inquietação, João Pessoa continua pequena.
Esse é uma desejo que se eu não realizar eu vou ser uma dessas mulheres frustradas, como essas velhas solteiras de novelas do tempo do ronco, aquelas que tinham grandes amores e os pais não deixaram e mandaram casar com outro. Eu não quero ser assim, eu quero dar assas e força para meus sonhos e eu sei que eu vou conseguir, porque minha vida está construida nesse alicersse.

2 comments:

Sara said...

"Daí eu percebi que o problema não era o tamanho das cidades.O problema é que eu não cabia dentro de mim".Você falou, ta dito!!Fiquei arrepiada só de pensar o quanto ess trexo do texto completou tudo que achei ser nossa carência.A falta não somente o vazio que nós encontramos dentro da gente e sim a explosão de ser que nos limita a pouco.Gostei muito fó, realmente você é gigante minha amiga.GIGANTE!!!!

Anonymous said...

fo eu juro que ia comentar, ou seja realmente escrever algo sensato sobre o que tu escreveu. Ate escrevi várias linhas. Mas resolvi apagar. O qeu eu tenho pra falar da limitada João Pessoa e o quanto a gente se parece nesse aspecto, de ver as coisas muito pequenas, de sentir saudades de coisas mínimas e de idealizar fugir daqui e só voltar na BOA IDADE pra curtir o que realmente essa cidade tem pra nos oferecer, tudo isso a gente conversa sempre, vez ou outra nas minhas crises existenciais! E olhe que ultimamente sao muitas! Me aguente viu!

Te adoro cada vez mais sua velinha! E tô esperando meu presente de natal(e isso não é uma cobrança)!